domingo, 1 de maio de 2011

Paulinha like Sophie...‏

Cotovelo esquerdo sobre a mesa, bochecha sobre a mão esquerda, olhos fixos na tela. O dedo, de tempos em tempos, dá sinal de vida e aperta F5 categoricamente. A página recarrega e – ainda nenhum email.

Ele inspira fundo, num turbilhão de emoções. Angústia, alívio, raiva, desesperança, até culminar numa preguicinha quase indiferente. Mas isso tudo é disfarce, que cai enquanto a página está sendo recarregada e ele prende a respiração, se aproximando milímetros do monitor.

E então, para torturá-lo e consolá-lo, o email chega. Está lá, em negrito, com a data do dia e o horário de segundos atrás. O assunto não lhe diz nada – apenas uma palavra padronizada e insossa. Ele clica no email, abre-o quase sem fôlego e corre os olhos pela página, de maneira um tanto cômica, até. No desespero, não consegue achar nada coerente, e então recorre a ler desde a primeira palavra.

"Infelizmente..."

Basta de leitura. Basta de pensamentos, também. Sua resposta se resume a encarar a tela com o olhar vazio, sem conseguir desviar os olhos daquela palavra. Mas o choque dura pouco, porque em pouco tempo vem aquela mesma vozinha que o atormentou durante toda a adolescência, para torturá-lo mais um pouco: "Sabia que não ia passar".

"Sabia nada, realmente achei que ia dar." - não é sua autoestima respondendo, é sua frustração. O que é que tinha feito de errado? Tudo parecia ter ido tão bem. E as duas vozes ficam em sua briga ferrenha enquanto ele se força a ler o resto do email, tentando sufocá-las e pensar madura e racionalmente.

O telefone toca. Ele escuta, mas não registra que escutou. Toca de novo, e então ele se lembra do protocolo. Interrompe a leitura e pega o telefone.

- Passamos?! – reconhece a voz, mas não o tom de pergunta.

- Você e quem?

- O quê?

- Você e quem mais passaram?

- Ah... – a voz do telefone soa desanimada e um pouco arrependida. – Então não deu, né?

Ele tem que umedecer os lábios com a ponta da língua para responder.

- Não. – a palavra parece ter milhares de sílabas e soar eternamente no ar. – Aqui, te ligo depois.

Ele desliga, antes que o amigo tenha tempo de começar o discurso encorajador. Dá uma olhada no email. A primeira palavra parece estar em negrito, vermelha, tamanho 72. Ele fecha o email, desliga o computador, levanta-se violentamente da cadeira, respira fundo...

- Ah, que se foda.

...e sai do quarto a passos lentos e hesitantes, com o rosto abaixado, sem saber muito bem aonde ia.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Débora like Sophie

Sophie,Sophieee...
você não está sozinha nesse mundo de sofrimentos e desilusões...
Vou contar minha breve e triste desiluão amorosa...
música triste,música triste...
É a história de um mexicano e uma menina tola.Ele era uma "gracinha" e ela muito bobinha e "carente"... uahauhauhauhau
Pois então, o cara marca de sair (em um ótimo lugar por sinal,o pampulha mall),e ela muito educadamente aceita neh,afinal depois de tanto insistir ela ficou com dó do mexicano,estrangeiro no país,pobre coitado,ele precisava de amigos,então a bobinha carente foi fazer-lhe companhia.
No dia do "tal encontro" a bobinha carente estava no bar com os amigos,super difícil deixar aquele lugar,mas ela conseguiu,afinal o mexicano tinha marcado um encontro com ela,e como menina de palavra que é ela abandonou os amigos e o refri pra ir se encontrar com ele.
Chegandoo la...
Ele tinha marcado as 13h,ela chegou as 13:20h e nada dele chegar... ela esperou até as 13:45h e foi embora p. da vida. A bobinha voltou pra companhia dos amigos no bar,sem nenhuma explicação,nenhum telefonema,nenhum scrap,nenhum email com uma msg "não poderei mais te ver,cuide-se!". O que aconteceu com o mexicano? descobriram que ele estava ilegal aqui no Brasil e o deportaram,mas ANTES ele foi rejeitado pela bobinha na calourada da FAFICH! AAADOOOOROOOOO!!!! huahauhauahuahuahuahauh

FIM

CUIDEM-ME

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Blog


Sophie Calle é uma artista francesa que após receber um e-mail de seu exnamorado, que punha fim o relacionamento dos dois, entrou em estado de choque e de depressão profunda. Para consolá-la, ela enviou o e-mail para 107 mulheres diferentes que processaram a informação para ajudar a artista. O resultado foi publicado em um livro Prenez soin de vous, "cuide-se" em francês, palavras que terminaram o e-mail.

A exemplo da artista irei expor algo que também me desespera e me assola em mágoas.

No dia 20 de abril de 2011, fiz uma entrevista de emprego a qual não fui selecionado. Diferente do exnamorado de Sophie, não recebi e-mail algum do resultado da entrevista, nada nem ninguém me disse "cuide-se", em qualquer lígua que seja.

A entrevista acima não foi a primeira, até o momento foi a última, mas é pela recorrência de não's e portadas na cara que vos peço ajuda...

Cuidem-me...